terça-feira, 16 de outubro de 2007

Um emprego pro Juvenal

Um desempregado, com o nome de Juvenal foi tentar mais um emprego em mais uma entrevista. Ao chegar no escritório, o entrevistador lhe perguntou:
- Qual foi seu último salário?
- "Salário mínimo", respondeu Juvenal.
- Pois se o Sr. for contratado ganhará 10 mil dólares por mês.
- Jura?
- Que carro o sr. tem?
- Na verdade, só um carrinho pra vender açaí na rua.
- Pois se o senhor trabalhar conosco ganhará um audi para você e Uma BMW para sua esposa?
- Jura?
- O senhor viaja muito para o exterior?
- O mais longe que fui foi para Manaus, visitar uns parentes que moram na vila do Puraquequara...
- Pois se o senhor trabalhar aqui viajará pelo menos 5 vezes por ano, para Londres, Paris, Roma, Mônaco, etc.
- Jura?
- E lhe digo mais... O emprego é quase seu. Só não lhe confirmo agora porque tenho que falar com meu gerente. Mas é praticamente garantido. Se até amanhã à meia-noite o senhor NÃO receber um telegrama nosso cancelando, pode vir trabalhar na segunda-feira.
Juvenal saiu do escritório radiante. Sexta-feira mais feliz não poderia haver. Chegou em casa e contou as boas novas. Convocou o bairro todo para uma churrascada comemorativa a base de muito carimbó.
Sábado, 9 horas da noite a festa fervia. A banda tocava, o povo dançava, a bebida rolava solta.
Dez horas, e a mulher de Juvenal aflita, achava tudo um exagero. A vizinha, interesseira, aprovava. A banda tocava.
Onze horas, Juvenal era o rei do bairro. Gastaria horrores para o bairro encher a pança. Tudo por conta do primeiro salário.
E a mulher resignada.
Onze horas e cinqüenta e cinco minutos...
Vira na esquina buzinando feito louca uma motoca amarela...
Era do Correio.
A festa parou. A banda se calou. A tuba engasgou.
Meu Deus, e agora? Quem pagaria a conta da festa?
Coitado do Juvenal! Era a frase mais ouvida.
Jogaram água na churrasqueira. O chopp esquentou.
A motoca parou.
- Senhor Juvenal Batista Romano?
- Sim, sou eu...
A multidão não resistiu...
- OOOOOhhhhhhhhhhhhhhhhhhh !!!!!!!!!!!
- Telegrama pro senhor...
Juvenal não acreditava...
Pegou o telegrama, com os olhos cheios dágua, ergueu a cabeça e olhou para todos.
Silêncio total. Respirou fundo e abriu o telegrama. Uma lágrima rolou, molhando o telegrama. Olhou de novo para o povo e a consternação era geral. Tirou o telegrama do envelope, abriu e começou a ler.
O povo em silêncio aguardava a notícia e se perguntava.
- E agora? Quem pagará pela festa?
Juvenal recomeçou a ler, levantou os olhos e olhou mais uma vez para o povo que o encarava...
Então, Juvenal abriu um largo sorriso, deu um berro triunfal e começou a gritar...

- Mamãe morreeeeuuu! Mamãe morreeeeuuu! Mamãe Morreeeeuuu!!!!!!!

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